Identidade (des)conhecida.

12.01.2006

29 de Novembro de 2006.

14:00h. - O advogado telefonou para me dizer que tinha acabado de receber a carta do Tribunal a informar-nos da data do julgamento e que tinham aceite o rol de testemunhas assim como a nossa Contestação.
(Ainda me custa a crer que vou ser julgada! É uma palavra tão forte que dá logo a sensação de que a pessoa é culpada de algo muito grave... )

Ele também queria saber se eu já tinha o meu B.I. e eu pu-lo ao corrente da situação. Por acaso eu ia enviar um email a contar-lhe não fosse ele pensar que eu já tinha tudo tratado (B.I., Protecção Jurídica e todos os documentos necessários para este efeito).
A audiência ficou marcada para dia 05 de Novembro de 2007. Eu nunca pensei que fosse demorar tanto tempo! Ele explicou-me que isto acontece não só porque a burocracia e os Tribunais são lentos mas também porque o meu caso não é grave e nem me foi aplicada nenhuma medida cautelar pesada porque se assim fosse teria que se pedir urgência, por exemplo se a situação fosse outra e me tivessem detido. Sendo assim temos 1 ano para tratar de tudo com calma.
Ele tem sido prestável e simples e acho que são qualidades muito boas principalmente sendo advogado. Por exemplo, ofereceu-se para me ajudar no que entretanto eu precisasse como por exemplo a preencher os impressos da "Protecção Jurídica".
Quem é que já não ouviu falar mal dos advogados oficiosos? de que não fizeram o suficiente, de que não se esforçaram como deveriam, de que adormeceram em plena audiência, entre outras negligencias do género? Tenho ouvido cada caso que até me custa a crer! e ainda dizem que há Justiça!
Quando me disseram que já me tinha sido nomeado um advogado oficioso fiquei por um lado descansada e por outro assustada mas desde que o conheci, e até à data, não tenho razão de queixa e oxalá não venha a ter!