Identidade (des)conhecida.

11.26.2006

Ir tirar o B.I..

Nesse mesmo dia, ao fim da tarde, fui mais uma vez tentar tirar o meu B.I.. Desta vez não fui à Loja do Cidadão porque da última vez que lá estive a rapariga que me atendeu aconselhou-me a ir directamente ao Arquivo de Identificação no Areeiro porque é mais rápido. Disse-me que só pelo facto de ser lá, são logo menos 2 dias que demora a ser feito.
Fui mais ao fim da tarde porque, como eu disse no post anterior, no Registo Criminal disseram-me que a seguir à hora do almoço cessaria a minha contumácia mas como "gato escaldado de água fria tem medo" preferi jogar pelo seguro e ir mais tarde.
Quem me atendeu desta vez foi uma rapariga mais simpática do que o habitual e pela maneira dela de estar, e trabalhar, pareceu-me que ela era nova ali e que aquele seria um dos seus primeiros dias de trabalho (e isto para mim, neste caso, é mau).
Normalmente quem trabalha nestes locais (e àquela hora principalmente) não está muito interessado em ouvir o que nós, deste lado, temos para dizer e esta rapariga pelo contrário parou para me ouvir.
Quando inseriu o meu numero na base de dados disse-me logo que eu tinha um problema. Claro que o meu 1.º pensamento foi que ainda estava contumaz mas, rapidamente, ela me disse que afinal estava a ver mal! Já me tinham retirado a contumácia e ela é que não tinha lido tudo até ao fim mas que estava ali outra coisa estranha sobre a nacionalidade. O meu coração voltou a disparar. O que é agora? pensei e disse. Expliquei-lhe que já era portuguesa e mostrei-lhe, na minha certidão de nascimento, o respectivo averbamento mas ela acabou logo por admitir que sim, que afinal já lá estava a minha nacionalidade mas que faltava aparecer essa informação no respectivo Campo e foi por isso que ela não percebeu.
Passado isto começou a ver se o que eu tinha preenchido nos impressos, estava correcto e se os dados estavam de acordo com os da certidão de nascimento. Aí surgiu novo problema:
Onde estava escrito o nome da minha mãe "Maria" pareceu-lhe a abreviatura "Sra." e no nome do meu pai não aparecia "Sr." mas sim o nome dele sem mais nada e no entender dela tinha que estar também "Sr." para ser igual. Isto foi o primeiro problema.
Segundo problema: o nome da minha mãe aparecia escrito ao contrário, ou seja, primeiro o apelido e segundo o nome próprio!
Eu mantive a calma. Ao olhar para o nome da minha mãe vi que não era "Sra." o que lá estava escrito mas sim "Maria". Era uma questão de má compreensão da letra e ela concordou. O que lhe parecia "Sra." era um "M" e um "a", de "Maria" mas que como não foi escrito na mesma linha (por falta de espaço) pareceu-lhe "Sra. Maria".
Quanto ao segundo problema disse-lhe que já tinha reparado nisso e que quem transcreveu o texto é que o fez mal porque o nome não era assim. Por acaso eu até tinha comigo a certidão de nascimento e B.I. da minha mãe e mostrei-lhe para ela poder confirmar. E mais: a minha certidão sempre teve o nome da minha mãe escrito assim ao contrário e foi aceite pelo arquivo de identificação quando me fizeram os meus B.I. anteriores! Portanto se tinham aceite das outras vezes qual seria agora o problema?
Ela disse-me que entendia que eu tinha pressa e que ía dar entrada do processo mas que eu devia, mais tarde quando já tivesse o B.I., mudar o nome porque aquilo podia vir a dar-me problemas.
Bem, assinei o cartão do B.I., ela tirou-me a impressão digital, mediu-me e disse-me que na próxima sexta feira (dali a uma semana) estaria pronto. Ainda me deu o numero de telefone deles para se eu quisesse, telefonar para lá na quinta feira pois podia ser que já estivesse pronto .
Antes de vir embora perguntei-lhe se ela achava que desta vez eu ía conseguir ter o B.I. e ela disse-me que sim porque as duas coisas que me impediam de o ter (a falta da nacionalidade e posteriormente a contumácia) já estavam resolvidas.
Vamos lá ver!

2 Comments:

  • pais de burros , o unico futuro dos portugueses e de um diz poder puxar uma carroca.!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    By Blogger Unknown, at segunda-feira, 05 outubro, 2009  

  • Olá Pantoja!
    Eu não acho que Portugal seja "um país de burros", o que acho e sempre achei é que a nossa mentalidade está muito atrás da dos restantes países mas esta nossa geração pode e deve fazer a diferença não se calando, protestando, fazendo críticas positivas, participando em acções e projectos que melhorem o nosso país.
    Infelizmente em Portugal a sociedade civil está muito longe do desejavel.
    As pessoas quixam-se mas nada fazem para mudar o que está mal. Conformismo é do pior que pode haver.

    By Blogger Sylvie, at segunda-feira, 05 outubro, 2009  

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