Identidade (des)conhecida.

11.25.2006

2.ª Ir às Finanças.

Fui às Finanças na Loja do Cidadão.
Quando chegou a minha vez calhou-me uma daquelas funcionárias tipo robots infelizmente e mais uma vez.
Resumidamente (!) expus-lhe a minha situação: expliquei-lhe que não tinha B.I. por causa de um longo e moroso processo de atribuição de nacionalidade que tinha pendente e que quando finalmente o consegui resolver, fui tirar o bilhete de identidade e soube que estava contumaz e que como ía ser julgada precisava de tratar da Protecção Jurídica e para isso tinha que fazer o I.R.S. e que como era urgente deveria envia-lo por Internet mas que para isso precisava de confirmar a minha morada porque tinha quase a certeza que a morada que eles tinham na minha ficha na base de dados estava desactualizada e tinha que a actualizar como era lógico. Ela ficou durante uns segundos a olhar para mim e depois disse-me que sem o bilhete de Identidade (ou outro documento identificativo) não podia alterar a morada. Eu refilei com ela dizendo-lhe que eu não tinha nenhum outro documento identificativo como a Carta de Condução e/ou o passaporte precisamente porque não tinha bilhete de identidade mas não adiantou, como nunca adianta. Ela começou a dizer o que todos, e em todo o lado me dizem: que não tem culpa, e que só obedece às ordens que lhe dão, etc.!
Eu sei que ela não tem culpa e por isso, mais uma vez calei-me. Respirei fundo e estava a levantar-me da cadeira para me ir embora quando me lembrei de lhe perguntar se ela poderia pelo menos confirmar-me se a morada era ou não a minha morada antiga. Ela respondeu que sim, foi ver e afinal sempre tinha a morada antiga. E mais uma vez me disse que para fazer a alteração da morada eu tinha que lhe mostrar um documento identificativo... enfim, o ciclo vicioso do costume! Agradeci e fui embora.
Telefonei ao advogado a contar-lhe a situação e notei que ficou admirado. Perguntou-me porque é que eu ainda não tinha o bilhete de identidade e se já o tinha ido tentar tirar outra vez porque já me deveria ter sido retirada a contumácia. Eu disse-lhe que ninguém me tinha dado nenhuma declaração a cessar a contumácia. Ele disse-me que ía telefonar ao tribunal para saber o que se estava a passar e que assim que pudesse entrava em contacto comigo.
Mais tarde ele ligou-me a dizer que ía escrever uma carta ao juiz a pedir para me retirar a contumácia com urgência para eu poder então tirar o bilhete de identidade e tratar da Protecção Jurídica. No dia a seguir enviou-me uma cópia da referida carta por email.
Fui embora. Estava e estou cansada de tudo isto.